quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Interseccionalidade e As Diferentes Lutas

  Na aula do dia 29 de julho tivemos a grande oportunidade de ouvir uma palestra da Profa. Dra. Eliane Gonçalves da Costa que abordou o tema muito importante e interessante do interseccionalidade, falando também do movimento feminista e do movimento feminista negro e de lugar de fala.

        Para falar de interseccionalidade, devemos primeiro discutir lugar de fala e feminismo. Lugar de fala, de acordo com Bakhtin em sua obra Marxismo e Filosofia da Linguagem (1981) e como explicado pela palestrante é onde os discursos são produzidos sendo a fala política. Portanto existentes vários lugares de fala, porém eles não servem para serem superiores a outros discursos, muito pelo contrário, ao aceitar a diversidade dos discursos que se entende que eles vem das diferentes realidades das pessoas, todos tem o seu lugar, porém nem todos têm o privilégio de discutir perante os outros ou de serem ouvidos, passando assim a não existir. Por isso é tão necessário garantir o acesso aos meios de comunicação para toda a população, para que essas pessoas passem a existir.

A luta feminista é um exemplo de esforço para garantir seu lugar de fala perante a sociedade, porém dentro da luta feminista existe outra que se assemelha porém difere ao mesmo tempo da mesma, sendo essa essa o movimento feminista negro, onde as mulheres justamente por serem pretas sofrem coisas que outras mulheres não sofrem e que, por isso, o movimento feminista no geral não dá tanta importância em sua luta.

A interseccionalidade vem portanto justamente dessa necessidade de entender a luta que os oprimidos devem travar, porém não exatamente a luta é a mesma, sendo necessária essa perspectiva interseccional para entender melhor o assunto. Se entende então que para ter um escopo interseccional de uma pessoa, se deve levar em consideração os conceitos de raça, gênero e orientação sexual, juntando esses conceitos pode-se se entender suas lutas. Uma mulher branca cis gênero e lésbica tem um lugar de fala e lutas diferentes de uma mulher preta trans gênero e heterosexual.


sábado, 10 de julho de 2021

Por Uma Sociedade Comunitária

  No dia 1 de julho a aula foi sobre o livro Comunidade de Zygmunt Bauman, o livro trata dos conceitos que permeiam o título da obra. A palavra comunidade traz uma sensação de segurança e conforto, esse lugar seria um lugar onde os indivíduos ajudam uns aos outros e se mantêm unidos, porém na prática nem sempre é assim.

Os seres humanos são animais sociais, como dizia Aristóteles, e portanto desde sempre formamos grupos onde uns suportavam os outros agiam para o bem comum, e nos sentimos angustiados quando não temos o sentimento de pertencimento, existindo assim uma comunidade de fato, porém com o passar das eras e das descobertas tecnocientíficas foi possível a ampliação desses grupos, formando assim o que chamamos hoje de sociedade, distanciando-nos cada vez mais da ideia de comunidade, de um por todos e todos por um, por exemplo.

Com a intensificação da luta dos movimentos sociais e a mudança da sociedade, surgiu um movimento contrário que acabou por aglutinar muitas pessoas que se viam excluídas da sociedade por seus pensamentos conspiratórios, negacionista ou simplesmente lunáticos, formando assim uma comunidade, onde essas indivíduos foram acolhidos e aceitos, gerando um grande problema pro resto da sociedade. Exemplos desses movimentos são o Qanon, negacionistas anti vacina, entre outros. A dificuldade, ou até mesmo da impossibilidade, da sociedade ser uma comunidade e cuidar de todos os seus participantes, foi a gênese desse problema que ameaça a própria.

Nós como indivíduos devemos então ressignificar a sociedade e sua estrutura em si a fim de criar um espaço onde todos os indivíduos tenham um sentimento de pertencimento e cuidem de fato um dos outros. É necessário que vivamos em uma comunidade.


domingo, 20 de junho de 2021

A Importância do Indivíduo

        Na aula do dia 17 de junho, discutimos acerca do livro A Sociedade dos Indivíduos, no texto o autor fala das relações entre indivíduo e sociedade, nos fazendo perceber a relação de interdependência que um tem com o outro.

        A sociedade precisa do indivíduo para se estabelecer e poder fornecer os serviços que ela proporciona, já os indivíduos precisam da sociedade para segurança e desfrutar das vantagens que ela oferece. Ao ler o texto percebi a importância do indivíduo, e seu poder para mudar a sociedade, os direitos conquistados ao longo do tempo foram fruto da luta de vários indivíduos que desejavam mudança, e não devemos esquecer disso. Por mais que muitas vezes nos sentimos impotentes ao sentir o peso da sociedade e do medo de ser diferente, devemos sempre lutar por aquilo que acreditamos e saber que cada voz importante e você faz a diferença.


sábado, 12 de junho de 2021

O Caos do Fim do Milênio que Perdura

Em nossa aula do dia 10 de julho nos foi proposto, pelo professor, discutir o livro A Era dos Extremos por Eric Hobsbawm. Em seu livro, o autor tenta explicar os acontecimentos do breve século XX, que o denominam assim por tratar do período entre 1914 e 1971, sendo assim um século de 77 anos, já era de extremos devido às grandes crises, guerras e devastações ocorridas neste período de tempo. Como ler todo o livro seria inviável com tantas atividades por pouco tempo, focamos no último capítulo, que trata do final do século, que é marcado pela polarização do mundo entre as duas potências restantes no mundo, USA e URSS.

O embate entre comunismo e capitalismo e a disputa pela influência mundial, acabou deixando o planeta ainda mais bagunçado do que já estava, resultando em guerras, devastação e morte. Chego então onde queria, Hobsbawm diz em seu livro não ser capaz de prever o futuro e não poderia dizer o que ocorreria após a era que seu livro se dirige porém que pode-se dizer que muito provavelmente não haveria paz em sua plenitude, pois os problemas do breve século XX seriam herdados pelo século XXI, e ele estava correto.

O exponencial século XXI é marcado pela ascensão da China como grande potência, o surgimento da internet e das novas tecnologias de telecomunicação e recentemente com a grande pandemia global em que ainda estamos passando. O chamo de exponencial porque a velocidade com que a tecnologia vem se desenvolvendo e as relações políticas e sociais estão mudando cada vez mais rápido de forma nunca antes vista, talvez Kubistchek se tivesse sido eleito hoje teria mais chance de cumprir sua promessa.

O que era regra ontem, é excêntrico hoje, e amanhã já será uma relíquia de épocas passadas. O mundo está mudando cada vez mais rápido e as pessoas estão cada vez mais certas e incertas sobre tudo ao mesmo tempo. Quantas vidas serão vividas por uma pessoa neste incerto e exponencial século XXI?


quinta-feira, 6 de maio de 2021

As Fases do Estudante Universitário por Alain Coulon e Minha Experiência de Fracasso

    Na última aula, o professor continuou as discussões acerca da universidade como formadora de pessoas e seu papel na sociedade, que é a proposta do componente. O professor então começou a aula nos apresentando Alain Coulon, sociólogo francês que fez pesquisas com estudantes franceses com o objetivo de os entendê-los melhor e sua situação como estudantes. Sua pesquisa culminou no livro Le métier d'étudiant: l’entrée dans la vie universitaire (A condição de estudante: a entrada na vida universitária) que foi apresentado pelo professor. Coulon incentiva os universitários a verem o estudo como seu ofício (Minha mãe com certeza o leu) sendo, portanto, profissionais e não amadores. O autor divide a experiência do universitário em 3 tempos: o tempo do estranhamento, o tempo da aprendizagem e por último o tempo da filiação. O tempo do estranhamento é marcado por fracassos e abandono, e sobre isso tenho propriedade para falar sobre.

    A UFSB não foi minha primeira universidade, na verdade quando prestei o ENEM em 2018 e usei minha nota no SISU em 2019 não tinha muita certeza sobre o que queria fazer da vida(Ainda não estou muito certo) e acabei tomando uma decisão bem lógica e razoável para o que eu achava que gostava, como estava errado. Acabei indo parar no Paraná, cursando Engenharia da Computação na UTFPR e morando numa república junto de meu primo e dois outros amigos seus. Estranhamento é uma ótima palavra para descrever esse período, muito longe de casa, sem conhecer quase ninguém, muito menos a cidade custei um pouco a me adaptar, porém, diria até que o fiz rapidamente, conheci várias pessoas diferentes e interessantes na minha sala e fiz amizades que ainda perduram até hoje. Por diversos motivos esse foi o melhor e também pior momento da minha vida, o que acabou me levando a abandonar o curso. Mas não me arrependo de ter ido, nem de ter voltado, se não fosse por tudo isso provavelmente não estaria escrevendo esse texto.

    Hoje curso Bacharelado Interdisciplinar em Humanas na UFSB e estou tentando me tornar um estudante profissional e chegar ao próximo tempo.


segunda-feira, 3 de maio de 2021

Escola pública obrigatória, gratuita e laica

     Em nossa última aula, nosso professor propôs a discussão sobre Anísio Teixeira e seu “Manifesto da Escola Nova”, onde o educador expõe seus pensamentos acerca do avanço que a educação brasileira necessitava (E ainda necessita) para a evolução da nação. Como sugere o título, suas principais colocações para a educação, é de que ela deve ser gratuita e obrigatória, a fim de diminuir as diferenças educacionais entre as classes, além de promover um plano educacional nacional único e específico que abrange todo o território, e também um ensino sem influência da igreja católica e quaisquer outras religiões, de acordo com a própria laicidade do estado (Talvez não tanto na prática)


    Além dessa discussão o professor nos mostrou uma plataforma de estudo, que usa flashcards para a memorização de termos. A plataforma também oferece diferentes maneiras de usar os cartões, sendo bem interativa e até divertida. Aí vai o link caso queira conferir:
    

sábado, 13 de março de 2021

Universidade Particulares e Públicas e os Rankings

    Nas primeiras aulas do nosso componente, o professor Joel discutiu conosco conceitos e assuntos que irão nos nortear durante o quadrimestre e são importantes para nós como estudantes universitários. Uma das discussões que mais me chamou a atenção e surpreendeu foi a disposição de estudantes de universidades entre instituições particulares e públicas, onde mais de 80% dos corpo discente estuda em faculdades particulares. Esses dados levantam várias questões sobre o acesso ao ensino superior no Brasil, que até nos dias atuais existe uma ideia de que ele está aberto apenas às elites. Esse pensamento é extremamente prejudicial ao país como um todo, é lógico que quanto mais profissionais de qualidade formadas, mais pesquisa, desenvolvimento técnico-científico será gerado. Porém, talvez, isto não seja tão óbvio aos governantes atuais, que em vez de incentivarem a educação, cada vez mais a prejudicam.

Interseccionalidade e As Diferentes Lutas

  Na aula do dia 29 de julho tivemos a grande oportunidade de ouvir uma palestra da Profa. Dra. Eliane Gonçalves da Costa que abordou o te...